22 de junho de 2025

Bibliografia pessoal atualizada (dezembro 2025)


     Livros próprios (8)

* "Diplomacia Europeia - Instituições, Alargamento e o Futuro da União'', prefácio de Mário Soares, ed. Dom Quixote, Lisboa, 2002

* "Uma Segunda Opinião - Notas de Política Externa e Diplomacia'', prefácio de Jorge Sampaio, ed. Dom Quixote, Lisboa, 2007

* ''As Vésperas e a Alvorada de Abril'', ed. Thesaurus, Brasília, 2007

* ''Tanto Mar? - Portugal, o Brasil e a Europa", ed. Thesaurus, Brasília, 2008

* ''Apontamentos", ed. Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa, 2009

* ''Saudades Nossas'', ed. do autor, Vila Real, 2016

*''A Cidade Imaginária", prefácio de Manuel Cardona, ed. Biblioteca Municipal, Vila Real, 2021

*''Antes que me Esqueça - a diplomacia e a vida", prefácio de Jaime Gama, ed. Dom Quixote, Lisboa, 2023 


     Livro em co-autoria (1)

* ''O Caso República'', com António Pinto Rodrigues, ed. autores, Lisboa, 1975 


    Capítulos em obras coletivas (60)

* ''Portugal e a Conferência Intergovernamental para a Revisão do Tratado da União Europeia,'' ed. MNE, Lisboa, 1996 

"Testemunho nos 90 anos do ISCSP", ed. ISCSP, Lisboa, 1996

* ''Os desafios do Alargamento", in "O Desafio Europeu: Passado, Presente, Futuro,'' coord. João Carlos Espada, ed. Principia, Cascais, 1998 
 
* "Regulamentação e Supervisão", in "Euro - a Nova Moeda no Mundo,'' ed. Grupo Mundial-Confiança, Lisboa, 1998 

*"O que é a Agenda 2000", in "A Agenda 2000 da UE: as suas implicações para Portugal", ed. Conselho Económico e Social, Lisboa, 1998  

"O Projeto Europeu: um Olhar de Portugal", in "O Desafio Europeu - Passado, Presente e Futuro", ed Principia, Cascais, 1998

* ''Desafios de Portugal na Agenda da União Europeia", in "A Diplomacia Portuguesa face ao Sec. XXI'', ed. Instituto Diplomático do MNE, Lisboa, 1999 

* ''Internacionalização - Uma Opção Estratégica para a Economia e as Empresas Portuguesas'', ed. FIEP, Lisboa, 1999 

* ''A Nova Face da Europa,'' in Brasil-Europa, Lisboa/Rio de Janeiro, 1999 

* ''As negociações da Conferência Intergovernamental e o equilíbrio de poderes", in "A Conferência Intergovernamental'', ed. Conselho Económico e Social, Lisboa, 2000 

* ''Outlining Perspectives for Regional Co-Operation", in "The Northern Dimension after Helsinky", ed. Ministry of Foreign Affairs of Finland, Helsínquia, 2000 

* ''La Politique Européenne du Portugal" in "Rencontres Européennes de Pologne", ed. Fondation Robert Schuman, Varsóvia, 2000 

* "An European Vocation" in ''Portugal - A European Story'', coord. A. de Vasconcelos, ed. Principia, s. João do Estoril, 2000 

* ''Presidência Portuguesa da União Europeia e da União da Europa Ocidental em 2000", in "A Diplomacia portuguesa: perspectivas e prioridades,'' ed. Instituto Diplomático do MNE, Lisboa, 2000 

* '''The Portuguese Presidency and the Intergovernmental Conference", in "Rethinking the European Union - IGC 2000 and Beyond,'' ed. European Institute of Public Administration, Maastricht, 2000 

* "The Portuguese EU Presidency in 2000'', ed. Ministry of Foreign Affairs, Lisbon, 2001 

* ''The Interests of Small and Large Member States in the context of Institutional Reform", in "Europe's Constitution - a framework for the future of the Union,'' ed. Herbert Quandt Foundation, Bad Homburg v.d. Höhe, 2001 

* ''A imagem de Portugal na União Europeia", in "A Imagem de Portugal", ed. Instituto Diplomático do MNE, Lisboa, 2001 

* ''The Euro and the World,'' ed. Almedina, Coimbra, 2002 

* ''International Terrorism: the view from Portugal'' ed. K.R. Gupta - Atlantic, ''New Delhi, 2002'' 

* ''União Europeia nas Nações Unidas", in "A União Europeia: os caminhos depois de Nice,'' ed. Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Coimbra, 2002 

* ''Trás-os-Montes e Alto Douro - Conversas sobre o Passado e o Futuro'', org. Pedro Garcias, ed. Público e AMTMAD, Lisboa/Bragança, 2002 

* ''Applicability of OSCE CSBMs in Northeast Asia Revisited,'' ed. Institute of Foreign Affairs and National Security, Seul, 2003 

* ''The Search for Conflict Prevention in the New Security Circumstances - European Security Mechanisms and Security in Asia'', ed. OSCE, Viena, 2004 

* ''The Search for Effective Conflict Prevention'' Ministry of Foreign Affairs of Japan, Tóquio, 2004 

* ''A Europa nas Nações Unidas", in "Os Portugueses nas Nações Unidas,'' coord. C. M. Branco e F. P Garcia'','' ed. Prefácio, Lisboa, 2005. 

* ''Uma Constituição Indispensável?", in Portugal no Futuro da Europa,'' org. Paula M. Pinheiro, ed. Gabinetes do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, Lisboa, 2006 

* "Os Tratados de Amesterdão e de Nice", in ''20 Anos de Integração Europeia'' (1986-2006), coord. N. A. Leitão, ed. Cosmos, Lisboa, 2007 

* ''Crónica dos Noventa", in "Procópio,'' ed. Bar Procópio, Lisboa, 2007 

* ''Testemunho", in "A Revolução Europeia por Francisco Lucas Pires,'' ed. Gabinete do Parlamento Europeu, Lisboa, 2008 

* ''Pensar Portugal no Mundo'', ed. Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas da Assembleia da República, Lisboa, 2009 

* ''Respostas", in "25 Anos na União Europeia'', coord. E.P. Ferreira, ed. Almedina, Coimbra, 2011 

* "A Europa e a política externa da Administração Obama", in "Potências Emergentes e Relações Transatlânticas", coor. Mário Mesquita e Paula Vicente, ed. FLAD / Tinta da China, 2012

* ''Portugal numa Europa em mudança", in "Portugal, a Europa e a Crise Económica e Financeira Internacional'', coord. J. R. Silva, com A. Mendonça e A. Romão, ed. Almedina, Coimbra, 2012 

* ''Segurança e Defesa Nacional - Um Conceito Estratégico'', coord. L. Fontoura, ed. Almedina, Coimbra, 2013 

* ''Diplomacia Económica", in "Portugal no Mundo'', ed. Fundação AEP e Fundação de Serralves, Porto, 2014 

* "O lugar de Portugal", in ''Pontes por Construir - Portugal e Alemanha'', coord. L. Coelho, ed. Bairro dos Livros, Porto, 2015 

* ''A Encruzilhada Europeia", in "A Globalização do Desenvolvimento,'' ed. Clube de Lisboa e Instituto Marquês de Valle Flôr'','' Lisboa, 2017 

* ''Diplomacia - os próximos 100 anos", in "Olhar o Mundo'', coord. A. Mateus, ed. Marcador, Lisboa, 2017 

* ''Os Interesses Permanentes dos Portugueses'', coord. L. V. de Oliveira, ed. Associação Círculo Dr. José de Figueiredo, Porto, 2017 

* ''O Tempo e o Medo", in "Crónicas da Visão (1993-2018)'', ed. revista Visão, Lisboa, 2018 

* ''Estratégia de Segurança Nacional - Portugal Horizonte 2030'', coord. N. Lourenço e A. Costa, ed. Almedina, Coimbra, 2018 

* ''Portugal na Nova Balança da Europa", in "Conferências do Chiado,'' 2º ciclo, ed. CidSenior, Lisboa, 2018 

* "Embaixadores 'políticos' e diplomatas em governos portugueses", in "Estudo da Estrutura Diplomática Portuguesa", coord. Luís Moita, Luís Valença Pinto e Paula Pereira, ed. Observare, Lisboa, 2019

* "A Segunda Presidência portuguesa. A Agenda de Lisboa", in ''As Décadas da Europa'', coord. J.R. Lã, A. Cunha e P. S. Nunes, ed. Book Builders, Lisboa, 2019 

* ''A Imagem de Portugal'', coord. L. V. Oliveira, ed. Associação Círculo Dr. José de Figueiredo, Porto, 2020 

* "Saudades do Luís", in "Homenagem a Luís dos Santos Ferro", ed. Grémio Literário, Lisboa, 2020

* ''A China, os EUA e nós", in "Conversas Globais'', coord. P. Pinto, ed. Bertrand, Lisboa, 2020 

* "Abril no meio da vida", in "Antologia - o 25 de Abril de 1974. Testemunhos, coord. C. Almada Contreiras e F. Mão de Ferro, ed. Colibri, Lisboa, 2020

* ''A Europa no limiar do século XXI: a segunda Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia: 2000", in "Cova da Moura - A Casa dos Assuntos Europeus'', ed. Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa, 2021

* ''Um Homem solidário", in "In Memoriam de Otílio de Figueiredo'', coord. A.M. Pires Cabral e Elísio Neves, ed. Grémio Literário, Vila Real, 2021 

* ''Património Mundial - 20 anos depois. História, Cultura e Património do Douro'', org. L. V. de Oliveira, ed. Amigos de Ventozelo, Régua, 2022 

* ''Soberania e Consciência Nacional", in "A Diplomacia e a Independência de Portugal,'' coord. J. R. Lã, A .L. Faria e A. Cunha, ed. Book Builders, Lisboa, 2022 

* ''... e a Europa aqui tão perto", in "Europeus - Portugal, a Europa e o Mundo,'' coord. F. Rollo e F. Seixas da Costa, ed. Assembleia da República, Lisboa, 2023 

* ''Memória sobre a Segunda Presidência", in "Portugal e as Presidências do Conselho da União Europeia,'' coord. Reinaldo S. Hermenegildo, ed. Fronteira do Caos, Porto, 2023. 

* ''Uma visão europeia", in Segurança - da Europa ao Indo-Pacífico'', ed. Clube de Lisboa / Global Challenges, Lisboa, 2024. 

* "Conversa entre Joões", in "A Vida é um Rebuçado para Chupar até ao Fim - João Soares, 75 anos", ed. Perspectivas & Realidades, Lisboa, 2024

* "Portugal, seis meses na Presidência da União Europeia", in "E se falássemos da Europa?", coord. Margarida Marques, ed. Tinta da China, Lisboa, 2025

* ''Assim estamos", in "O que faz falta - 50 anos de Arquitetura Portuguesa em Democracia'', org. Jorge Figueira e Ana Neiva, ed. Casa da Arquitectura, Matosinhos, 2025. 

* ''Uma Europa sem otimismo", in "75 Anos da Declaração Schuman - Que Futuro para a Europa?,'' coord. Ana Catarina Mendes, ed. Uma Parceria, Lisboa, 2025 



Capítulo em obra coletiva em co-autoria (1)

* ''Portugal", in "Europe’s Coherence Gap in External Crisis and Conflict Management'', com Patrícia Magalhães Ferreira, ed. Bertelsmann Stiftung, Guetersloh, 2020 
   


Textos em publicações académicas, técnicas ou profissionais (*) (50)


* ''Britain and the Opposition to the 'New State','' in "Portuguese Studies", Vol. 10, ed. King's College, Londres,1994

* "Portugal e a Conferência Intergovernamental para a revisão do Tratado da União Europeia", in "Política Internacional", nº 12, Lisboa, 1996 

* ''Portugal and the New Europe'', in CFSP Forum, nº 1/97, ed. Institute für Europäische Politik, Bona, 1997 

* ''UEM - Um projeto político-económico numa Europa solidária", dossiê "União Económica e Monetária,'' "Europa - Novas Fronteiras", nº 1, ed. Centro Jacques Delors, Lisboa, 1997

* ''Tratado de Amesterdão - História de uma negociação'', in "Política Internacional", nºs 15/16, Lisboa, 1997

* "Portugal e a nova agenda europeia", in "O Economista", nº 19, Lisboa, 1997  

* Creating a flexible approach'', in "The Parliamentarian Monitor", Londres, 1997 

* ''Conferência intergovernamental. A perspectiva portuguesa da negociação do Tratado de Amesterdão", dossiê "Da Conferência Intergovernamental ao Tratado de Amesterdão'', in "Europa - Novas Fronteiras, ed. Centro Jacques Delors, Lisboa, 1997

* ''Direitos Cívicos e Sociais e o Tratado da União Europeia'', in "Desenvolvimento", nº 8, ed. Instituto de Estudos para o Desenvolvimento, Lisboa, 1997

* ''O Tratado de Amesterdão e a segurança comum europeia", dossiê "Política Externa e de Segurança Comum,'' in Europa - novas fronteiras", nº 3, ed. Centro Jacques Delors, Lisboa, 1998

*"Reasons for sharing the Enlargement burden", in "European Voice", Bruxelas, 1998

''O Alargamento da União Europeia'', in "Anuário", ed. Ordem dos Economistas, Lisboa, 1998 

* ''Para uma Cidadania de novo tipo", dossiê "Cidadania Europeia,'' in "Europa - Novas Fronteiras", nº 4, ed. Centro Jacques Delors, Lisboa, 1998

* "A reforma das instituições comunitárias", in "Política Internacional", nº 17, Lisboa, 1998  

* ''Portugal e o Desafio Europeu,'' in "Nação e Defesa", nº 85, ed. Instituto de Defesa Nacional, Lisboa, 1998

*"A Europa e a política externa portuguesa", in "Política Internacional", nº 20, Lisboa, 1999  

* ''O Mercado Interno e a Harmonização Legislativa'', in Anuário, Ordem dos Economistas Portugueses, Lisboa, 1999

* "A Esquerda e a Nova Europa", in "Portugal Socialista", nº 219, ed. Partido Socialista, Lisboa, 1999  

* ''Vésperas de Abril,'' in "Camões", Instituto Camões, Lisboa, 1999

* "Presidência da União Europeia", in "Economia Pura", nº 9, Lisboa, 1999  

* "Uma reforma indispensável?", dossiê "Reforma Institucional", in "Europa - Novas Fronteiras", ed. Centro Jacques Delors, Lisboa, 1999

* ''Europa - o fim da História?'', in "Política Internacional", nº 22, Lisboa, 2000 

* "Europa 2000 - a Presidência Portuguesa'', in "ELO - Cooperação e Desenvolvimento", nº 32, ed. Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e Cooperação,  Lisboa 2000 

* ''Perspectivas de evolución del proyeto de integración europea,'' in "Diplomacia", nº 84, Academia Diplomática de Chile, Santiago de Chile, 2000 

* "Presidência Portuguesa da União Europeia: um balanço", in Anuário, ed. Ordem dos Economistas Portugueses, Lisboa, 2000

"A Política Externa Portuguesa e a Europa", in "Lusíada", nº 1, ed. Universidade Lusída, Porto, 2000

* ''O potencial da Europa média'', in "O Mundo em Português", nº 16, ed. Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais, Lisboa, 2001

* ''Portugal e o Tratado de Nice - notas sobre a estratégia negocial portuguesa'', in "Negócios Estrangeiros", nº 1, ed. MNE, Lisboa, 2001  

"O Fim da História?", in "Política Externa", nº 3, S. Paulo, 2001/2002

* ''Da Democracia na Europa'', in "Ideias à Esquerda", Lisboa, 2003

* "Desafios ao Multilateralismo", in "Janus - Anuário de Relações Exteriores", ed. Universidade Autónoma de Lisboa / jornal Público, Lisboa, 2004

* ''A Europa e o "amigo americano"'', in "Egoísta", nº 16, ed. Grupo Estoril, Estoril, 2004

* ''O Alargamento e a Política Exterior Europeia", dossiê "A PESC e o alargamento da União Europeia'', in "Europa - Novas Fronteiras", nº15, ed. Centro Jacques Delors, Lisboa, 2004

* ''OSCE - retrato institucional e funcional'', in "Negócios Estrangeiros", nº 7, ed. Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa, 2004

* ''As novas fronteiras da Rússia'', in "O Mundo em Português", ed. Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais, Lisboa, 2004

* ''Central Asia - Not always a Silk Road to Democracy'', in "OSCE Magazine", Viena, 2004

* ''Portugal e o Tratado Constitucional Europeu'', in "Relações Internacionais", nº 2, ed. IPRI, Lisboa, 2004

* ''As Novas Ameaças à Segurança", in "Revista Militar", Lisboa, 2005

* "Portugal e a Política Externa Brasileira", in "Política Internacional", nº 29, Lisboa, 2005

* "Portugal na PESC: Presente e Futuro", dossiê "A Nova Diplomacia'', in "Janus - Anuário de Relações Exteriores", ed. Universidade Autónoma de Lisboa / jornal Público, Lisboa, 2006 

*"The role of OSCE in conflict prevention", in "Bulletin Peace Studies Group", Coimbra, 2007

* "Um Tratado para outra Europa", in "Política Externa", nº 16, S. Paulo, 2008

* ''Europa: o dilema institucional", in "Janus", nº 15, dossiê "As Incertezas da Europa'', ed. Universidade Autónoma de Lisboa / Observare - Observatório de Relações Exteriores, Lisboa, 2013

* "A Europa é possível?", in "XXI - Ter Opinião", ed. Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa, 2014

* "Um retrato dos Açores", in "Relações Internacionais", nº 44, ed. IPRI, Lisboa, 2014

* "Brasil: uma surpresa anunciada", in "Janus - Anuário de Relações Exteriores", nº 17, dossiê "Integração regional e multilateralismo", ed. Universidade Autónoma de Lisboa / Observare - Observatório de Relações Exteriores, Lisboa, 2015/2016

* "A Europa infiel", in "Egoísta", nº 57, Grupo Estoril, Estoril, 2016

* "Schengen e as ilusões europeias", in "XXI Ter Opinião", nº 6, ed. Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa, 2016

* "Refletir na desordem", in "Prémio", Lisboa, 2021

* ''Diplomatas e Diplomacia na obra de Eça de Queirós,'' in Colóquio Letras, Ed. Fund. Calouste Gulbenkian, 2022

(*) Não inclui textos publicados em diários, semanários ou mensários.


Textos em outras publicações (3) (*)

* ''Em Lisboa, vá pela sombra", in "Bica", nº 0, Lisboa, 2016

* ''Em Lisboa, pare, escute e olhe o ruido", in "Bica", nº 1, 2016

* "Sete maravilhas", in "Intelligent Life", ed. The Economist / Expresso, Lisboa, 2011

(*) Não inclui textos publicados em diários, semanários ou mensários.


Prefácios (17)


* "Portugal na União Europeia - Décimo Ano", ed. Ministério dos Negócios Estrangeiros", Lisboa, 1996

* "Acordo de Schengen - Presidência Portuguesa", ed. Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa, 1997

* "Acordo de Schengen - Textos fundamentais", ed. Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa, 1998

* "Elucidário do Tratado de Amesterdão", ed. Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa, 2000

* "Guia para o Exercício da Presidência Portuguesa", ed. Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa, 2000

* "Em Tempos de Inocência - Um Diário da Guiné-Bissau", de António Pinto da França, ed. Prefácio, Lisboa, 2006

* "Os Mistérios do Abade de Priscos e outras 80 Histórias Deliciosas da Gastronomia Portuguesa", de Fortunato da Câmara, ed. Esfera dos Livros, Lisboa, 2013

* "Joaquim Pinto - o barbeiro do poder", de Paulo António Monteiro, ed. A.23, Lisboa, 2018

* "A Guerra nos Balcãs - Jihadismo, Geopolítica e Desinformação", de Carlos Branco, ed. Colibri, Lisboa, 2016

* "A Falar de Viana", ed. Câmara Municipal de Viana do Castelo, Viana do Castelo, 2016

* "Delito de Opinião, desde 2009 - Uma antologia", vários autores, ed. BookBuilders, Lisboa, 2018

* "Crónicas da Minhas Teclas", de Antunes Ferreira, ed. Prelo, 2014

* "Europa", de Adolfo Casais Monteiro, ed. Nova Renascença, Porto, 2000

* "Portugal - A European Story'', coord. A. de Vasconcelos, ed. Principia, Cascais, 2000

* "Uma Década Kafkiana", de Defensor Moura, ed. Autor, Viana do Castelo, 2024

* "Diplomacia de Defesa", de Maria do Rosário Penedos, ed. Chiado, Lisboa, 2017

* "Tentação da Prosa", de Luís Filipe Castro Mendes, ed. Exclamação, Porto, 2024










13 de junho de 2025

Uma Europa sem otimismo

Contribuição para o livro "75 Anos da Declaração Schuman - Que Futuro para a Europa", organizado por Ana Catarina Mendes

Nunca tirei a limpo se não era apenas um mito urbano, mas lembro-me de ouvir dizer, ainda no tempo da ditadura, que era uma temerária ousadia trazer afixado nas traseiras dos automóveis um autocolante azul, comprado para além dos Pirinéus, com estrelas amarelas e os dizeres "Europa Unida", creio que em francês. 

Essa Europa, com liberdades e partidos que organizavam democraticamente as suas sociedades, para onde então muitos iam "a salto" para melhorar a vida ou fugir à guerra, contrastava com a matriz autoritária que prevalecia entre nós e no nosso único vizinho terrestre, que dela nos separava. 

A Europa não éramos nós; era então, para nós, uma pátria política alheia e longínqua. Não partilhando eu, à época, o sonho europeu como ideal social e humanista, tenho apenas a ideia de que as tais estrelas no autocolante azul me eram vagamente simpáticas, quanto mais não fosse pela virtualidade de provocarem o desagrado da ordem entre nós estabelecida e que eu cedo aprendera a contestar. 

Mais tarde, já por ocasião da minha maioridade cívica, eu alimentava uma leitura do processo político europeu que combinava um atávico soberanismo com uma forte desconfiança no processo integracionista do Mercado Comum. O marxismo rudimentar que, no final da adolescência, eu usava como receita interpretativa do mundo, lia o projeto europeu como uma espécie de perverso modelo capitalista transnacional, tutelado pelos americanos, que se opunha aos "amanhãs" que eu achava que deviam cantar de uma outra maneira. A verdade é que, por esse tempo, tal como no poema de Régio, eu não sabia bem por onde ia, apenas sabia que não queria ir por ali. 

Talvez por isso, a "Europa connosco", surgida pouco depois de Abril, pela mão dos socialistas, começou por entusiasmar-me pouco. Demorou uns bons anos até ser conquistado pelos méritos do projeto integrador europeu e perceber, em especial depois de começar a trabalhar no seu seio, que era nele que residiam as políticas que melhor podiam ancorar, não apenas os nossos desenvolvimento e bem-estar, mas igualmente a nossa liberdade e os quadros institucionais para a proteger. Atenuar a fezada em algumas fantasias políticas e começar a valorizar as comezinhas liberdades burguesas fez o resto. 

Quando terei lido a Declaração Schuman, publicada quando eu tinha apenas dois anos de idade? Não sei bem. Dela ficaram-me, para sempre, impressões fortes, que agora recordo numa releitura, nestes seus 75 anos. Desde logo, a memória trágica de uma guerra recente, verdadeiro "leit motiv" do exercício. Depois, a centralidade do papel da França e na Alemanha, com a questão, que para nós era estranha, do carvão e do aço. Pouco mais, confesso. 

Como a muitos de nós, o nome de Robert Schuman surge sempre associado ao de Jean Monnet, como o tandem impulsionador do processo de unidade europeia. Há aqui uma "injustiça" histórica: falta Josef Stalin na fotografia. Foi também o medo ao vizinho do outro lado da "cortina de ferro" que funcionou como o primeiro cimento da unidade conseguida do lado de cá. Afinal, como se está a constatar nos dias de hoje, a História, às vezes, repete-se mesmo. 

A Europa comunitária é um ser mutante e a Declaração Schuman já o anunciava, ligando sempre o entusiasmo mobilizador aos sucessos que fossem sendo conseguidos. As "trente glorieuses" que, mais tarde, consagraram esse êxito, geraram aquilo que podemos qualificar como o otimismo europeu - que, diga-se, foi o lado da Europa que mais atraiu a minha geração. 

A Guerra Fria travou bastante o projeto saído de Roma, em 1957, mas a queda do Muro veio permitir o extraordinário passo de Maastricht, com o Mercado Interno a realizar-se em fundo. Com isso, veio um período de imensa ambição política, com Schengen e a Moeda Única. E seguiu-se o grande alargamento, com as ambições a Sul e o cavalgar da globalização como fonte de riqueza, para sustentar um modelo social ímpar. 

Até um dia. Como que por um pouco suave milagre, o otimismo começou a esvair-se. A Europa-solução passou a Europa-problema. As aberturas comerciais passaram a ser culpadas das disfunções económicas nacionais, a abertura das fronteiras converteu-se no bode expiatório das tensões demográficas. Veio a crise financeira e as suas sequelas, como a austeridade e a quebra da solidariedade intra-europeia. Alguns países foram-se fechando, ocorreu o Brexit, o populismo tomou a agenda política, as relações exteriores da União abandonaram a agenda solidária e passaram a pautar-se por lógicas de interesses. A guerra na Ucrânia fez o resto. 

Esta não é a Europa otimista que, no passado, me convenceu a abandonar o meu soberanismo primário. É uma Europa tensa, abalada por discursos de medo e de desconfiança. O conjuntural abandono pelo antigo "amigo americano" tornou-nos ainda mais inseguros, propensos a cair nos braços tutelares dos "grandes" países que, por este lado do Atlântico, fazem de grandes potências. Não sei se uma Europa da defesa nos tornará mais "europeus". Conseguiremos fazer das nossas fraquezas forças, sem perdermos a alma do nosso projeto? Logo veremos. Mas não tenho a certeza de que Schuman se reconheceria na Europa melancólica e angustiada que por aí anda.

Socialistas europeus

Intervenção na reunião dos deputados europeus do S&D - Group of the Progressive Alliance of Socialists and Democrats

Lisboa, 11 de Junho de 2025

Painel: The Global Role of the EU in the New Geopolitical Landscape – Challenges Ahead and Opportunities in Building New Progressive Partnerships



Thank you very much for your invitation. It is a pleasure for me to contribute to this very timely debate. 

I took the title of this panel seriously: “The Global Role of the EU in the New Geopolitical Landscape”. Today, this is a crucial issue, as it relates to the credibility of Europe as a political actor. 

I was told I could speak my mind here. Therefore, I will completely set aside the "langue de bois" I often employed during my four decades as a professional diplomat. I imagine that some of what I am going to say may not be to everyone’s liking. That’s life! 

I have focused my notes, for these 10 minutes, on the EU’s external image – the principles and values which, in my view, must be upheld if we want to make a difference, particularly as socialists. 

Let us begin with America. 

The arrogance shown by the Trump administration, although not surprising, has reached a level that surpasses our worst expectations. But let us be honest: the United States has always been arrogant towards Europe – sometimes with smiles, at other times with harsh words. Europe, feeling that its core security depended on Washington if things went wrong, consistently showed a high degree of complacency towards the attitude of "the American frien" — and I am not referring to the Wim Wenders film. 

For many decades, Europe has been aware of its inability to play a meaningful role on the international stage, as a collective entity, without the United States at its side. For that reason, Europe accepted Washington’s "à la carte" multilateralism, and the opportunistic use the United States made of the United Nations, according to its own convenience. 

I know that not all European countries reacted in the same way to American arrogance, but the outcome of the collective European will invariably ended up favouring the continuation of American exceptionalism. 

And let us be clear: for many years, and on many issues, Europe never really minded being subordinate to American will on the global stage. Sometimes this was out of deference, particularly when it came to defence. At other times, it was about efficiency, as American leadership made things easier to get done. 

Decades of experience dealing with American diplomats have led me to the conclusion that, for them, it is almost a surprise when we dare to suggest that our interests may not coincide with their own. 

There has never been a true balance in the transatlantic relationship. We all know that. 

For a long time, Europe remained convinced — and many still are — that it was in America’s own interest to ensure the security of the European continent. That is why, for years, Europe showed little concern for the issue of “burden sharing” in defence. America had long been a European power and behaved as such. And it was no ordinary power. America was NATO, and NATO meant European security. The NATO that Sweden and Finland have wanted to join is different from the NATO that exists today. NATO meant Article Five of the Washington Treaty, its automaticity. That NATO, as things stand today, no longer exists. 

The Russian invasion of Ukraine may have been the last moment when Europeans saw the United States caring about a major European strategic interest. Europeans — especially those who remember all too well their traumatic past with Moscow — were reassured to see America on their side, defending the current government in Kiev. But they may have been misled: Biden may have been the last American president to see European security as a core component of the US’s global strategic calculations. 

This war seemed more than convenient for the United States: it contained Russia, cut off access to cheap energy, undermining Europe’s competitiveness, sold its own gas, subsidised its arms industry, involved no American “boots on the ground,” and — for once — put America on the “right side” of History, which has not always been the case in the past. And, not least, it helped erase the memory of Afghanistan. 

Was this the ideal war for America? Trump and his camp clearly do not think so. 

But let us return to the moment of the Russian invasion. 

On the Ukrainian issue, Europe and the US initially stood eye to eye. They defended the same interests and, at least on paper, shared the same values. Perhaps for this reason, Ukraine became a unifying factor for the European continent. It allowed Europe, with few dissenting voices, to speak with one voice — beyond just the EU — rallying other like-minded democracies, even from outside Europe. It was, in many ways, a good moment. 

For some time, many believed that this alignment on solid values and principles could be the foundation upon which Europe might build a respectable foreign policy — becoming a force for good, untainted by the duplicity of the United States, and worthy of the ethical tradition of European civilisation. 

They were profoundly mistaken. The war in Palestine proved them wrong. The shameful spectacle that Europe has displayed over the Palestinian issue has, in a short time, destroyed the moral authority that Europe had been building as a political actor — an authority strengthened by its stance on Ukraine. 

Double standards, in the end, seem to be the defining feature of this European Union. A life lost in Ukraine, it seems, is not the same as a life lost in Gaza. Europe clearly applies a hierarchy in the way it views deaths caused by violence. 

And there are more double standards. Putin is the subject of an arrest warrant from the International Criminal Court, and Europe applauds — rightly so. Netanyahu receives a similar warrant, and we do not see Europe mobilising to support its enforcement. On the contrary: Europe seems embarrassed, almost uncomfortable, looking the other way. 

Half of the weapons used by Israel to kill Palestinians come from Europe. Many people are dying in Gaza. But political Europe has also died in Gaza. In fact, political Europe committed suicide there. 

What moral authority can Europe claim in the future to lecture third countries on human rights and the protection of minorities, to impose conditions on development aid, when it behaves as it does towards a state like Israel? 

Why don’t we see the European Union demanding that Israel comply with UN Security Council resolutions — for example, on settlements in the West Bank? Why doesn’t Europe speak out against the nuclear weapon that Israel keeps hidden? If Europe truly believes that it disagrees with Israeli policies, why does it not use the bilateral tools at its disposal to apply pressure on Tel Aviv? Or is it simply that, no matter what Israel does, Europe will always end up divided and ineffective? That is what we call objective complicity. 

Let me now address another delicate point. 

It would be more comfortable — or less inconvenient — for me not to do so, but we must put an end to this kind of taboo. You know as well as I do why this eternal complacency towards Israel persists in many parts of the international community. We know that some European countries are bound by the tragic memory of the Holocaust. But the memory of those countries is not the memory of all Europe. 

We know that public opinion today is often held hostage by the spectre of antisemitism, as if openly denouncing radical Zionism and criticising the fanatics who promote it in Israel were somehow the same as being antisemitic. 

Defending Palestinian rights is not siding with Hamas. It is not ignoring the terrorist nature of some of its actions, such as the criminal abduction and use of civilians as bargaining chips. That is a rhetorical trap we must not fall into. We must be able to resist this dishonest tactic that shows up in political discourse every day. 

What is happening in some European countries — namely, the prohibition of public support for the Palestinian cause — is unacceptable, when judged against the values of freedom that we all — especially those of us in this political sphere — are supposed to uphold. 

I come from a country where antisemitism is not an issue. I belong to a diplomatic corps that proudly honours one of its historic figures, Aristides de Sousa Mendes, who saved thousands of Jews from nazi persecution. The threat of being labelled antisemitic does not frighten me. 

Antisemitism is a vile form of racism, as is Islamophobia or the persecution of other ethnic groups. But antisemitism is not somehow above them all. 

That is why I feel completely free to say, without mincing words, that the cowardly behaviour of the diplomacy that claims to speak for the European Union, in the face of Israel’s criminal actions in Gaza — call these mass killings “genocide” or use another term — does not represent me. Not as a European, not as a Portuguese citizen, not as a democrat, and certainly not as a socialist. 

My Europe deserves a better diplomatic face. It deserves a decent one. Not this one. 

Thank you very much for your attention.