16 de outubro de 2011

Carta ao diretor do "Correio da Manhã"*

O “Correio da Manhã” publicou, na passada semana, uma notícia relativa à admissão do Engº José Sócrates no Instituto de Estudos Políticos, na qual se afirmava que o embaixador de Portugal em França “mexeu e remexeu os cordelinhos para permitir a entrada do ex-chefe do governo na universidade”, após uma suposta “terceira recusa” à sua admissão. 

Isto não corresponde à verdade. Nunca me foi pedida, nem eu levei a cabo, qualquer diligência para facilitar o acesso do Engº José Sócrates ao Instituto de Estudos Políticos, nem nunca chegou ao meu conhecimento que tenha havido qualquer dificuldade na respetiva admissão naquela escola. 

No que me toca, e sobre este assunto, os factos são muito simples e não admito que sejam contestados. 

Em inícios de Julho, o antigo Primeiro-Ministro contactou o embaixador de Portugal, porque gostaria de obter uma informação sobre os cursos existentes em Paris, numa determinada área académica que estava a pensar frequentar. Como na altura veio publicado na imprensa portuguesa, foi-lhe proporcionado um contacto com dois professores universitários, que melhor o poderiam elucidar sobre o assunto. A intervenção do embaixador de Portugal neste processo começou e acabou ali. 

Só no final de Agosto, quando regressei a Paris, é que vim a saber que o Engº José Sócrates havia escolhido aquela escola e que nela fora admitido. 

* Publicado no "Correio da Manhã" em 16.10.11

5 comentários:

  1. Cumprimentos.
    Sou emigrante e em consequência, sub-cidadão português . Os meus filhos são também emigrantes embora pela idade, ainda não tenham vergonha da sua cidadania original. O meu mais velho +e um aluno meritório e está a pensar ir estudar para a Politécnica de Paris ou para Estraburgo. Pode o senhor dar um ajudinha ao garoto?
    Agradecido
    AAO
    PS. Pode ser uma ajuda igual ao que o senhor deu a um tipo, que entre outras glórias curriculares, usurpa títulos académicos e com isso beneficia até de um estatuto enquanto funcionário que não merece, facto que, o senhor, por viver em Paris, à evidência desconhece.
    Agradecimentos antecipados
    AAO

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  2. Caro AAO. Se necessitar, terei o maior prazer de proporcionar ao seu filho um contacto com professores que podem orientá-lo na escolha do percurso académico que pretenda seguir.

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  3. Não sei quem é AAO. Nem quero saber. Mas é de certeza um fala-barato. Só pode ser um fala-barato, para afirmar da pessoa em causa que "usurpa títulos académicos". Talvez o fala-barato em causa tenha dificuldade em aceder à informação que se publica no seu país, com a consequência de misturar o diz-que-disse com a narração de factos realmente acontecidos. Certamente, "factos que o senhor [fala-barato], por viver em Paris [ou algures em França], à evidência desconhece". O ser emigrante não lhe tira, pelos vistos, o gosto de propagar mentirolas acerca de um ex-primeiro ministro do seu país. O que faz uma diferença grande com o tempo em que eu fui emigrante.

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  4. AAO
    Muito agradecido.
    1-Como escrevi com toda a seriedade e com a ironia que o parco talento me permite, gostaria portanto de de saber como contactar o senhor por vias adequadas.
    2-"Fala-barato" não; talvez escrevente-barato, mas honesto até à medula, coisa que nenhum lêche-bottes o será em todas as vidas que possa ainda viver, manifesto ser nesta, um verme desonesto.
    AAO

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  5. Caro AAO: para contactar o embaixador de Portugal em França pode enviar uma carta, escrever um e-mail (basta consultar o site da Embaixada) ou, se quiser, pedir mesmo uma audiência. Os nossos endereços e telefones são públicos. Não conheço ninguém que tenha tido dificuldade em contactar-me e, muito em especial, posso assegurar-lhe que, comigo, ninguém (mesmo ninguém, acredite!) fica sem a resposta devida.

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